Design da terra




A mistura é simples: 95% de terra e 5% de cimento. Vem daí o nome do tijolo de solo-cimento, que ganhou destaque com a maior procura por materiais ecológicos, embora usado no Brasil há décadas


Giuliana Capello
Revista Arquitetura & Construção -2009

Sua fabricação não envolve queima de energia (ao contrário do tijolo cerâmico comum), já que as peças são compactadas a frio numa prensa que garante prumos perfeitos. O desenho inteligente, com pequenos encaixes e furos centralizados, permite assentá-las com o mínimo de argamassa e embutir a tubulação hidráulica e elétrica, gerando menos entulho. Além disso, contribui para o desempenho térmico das paredes, porque os vãos formam uma barreira natural ao calor ou frio intensos. Outra vantagem do bom design reflete no tempo e no custo da construção: na ponta do lápis, até 30% de economia. “É mais fácil e rápido construir com o solo-cimento e isso reduz as despesas com mão-de-obra, que não precisa ser especializada, e com argamassa”, afirma a arquiteta Leiko Motomura, de Cotia, SP.

PARA CONSTRUIR SEM DÚVIDAS
Veja as dicas do arquiteto Luiz Antonio Pecoriello, autor de uma dissertação de mestrado sobre o material no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-SP):

- O projeto arquitetônico deve levar em conta as dimensões modulares do tijolo.
- Ainda é difícil encontrar o solocimento em home centers e lojas de material de construção. Para comprar, entre em contato com o fabricante, como a Construvan e a Tijol-Eco.

- Exija a garantia de que o produto segue as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e passou por testes de compressão e absorção de umidade.

- Paredes externas e de áreas úmidas precisam ser revestidas para evitar trincas decorrentes, principalmente, da penetração de água.

- Dá para adquirir a prensa e fazer os tijolos no próprio canteiro de obras. Mas a opção exige análise
prévia do solo a ser utilizado e costuma valer a pena somente quando se necessita de um grande
volume de tijolos. É o caso da compra do equipamento por prefeituras para a construção de conjuntos habitacionais.

Sua fabricação não envolve queima de energia (ao contrário do tijolo cerâmico comum), já que as peças são compactadas a frio numa prensa que garante prumos perfeitos. O desenho inteligente, com pequenos encaixes e furos centralizados, permite assentá-las com o mínimo de argamassa e embutir a tubulação hidráulica e elétrica, gerando menos entulho. Além disso, contribui para o desempenho térmico das paredes, porque os vãos formam uma barreira natural ao calor ou frio intensos. Outra vantagem do bom design reflete no tempo e no custo da construção: na ponta do lápis, até 30% de economia. “É mais fácil e rápido construir com o solo-cimento e isso reduz as despesas com mão-de-obra, que não precisa ser especializada, e com argamassa”, afirma a arquiteta Leiko Motomura, de Cotia, SP.

PARA CONSTRUIR SEM DÚVIDAS
Veja as dicas do arquiteto Luiz Antonio Pecoriello, autor de uma dissertação de mestrado sobre o material no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT-SP):

- O projeto arquitetônico deve levar em conta as dimensões modulares do tijolo.
- Ainda é difícil encontrar o solocimento em home centers e lojas de material de construção. Para comprar, entre em contato com o fabricante, como a Construvan e a Tijol-Eco.

- Exija a garantia de que o produto segue as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e passou por testes de compressão e absorção de umidade.

- Paredes externas e de áreas úmidas precisam ser revestidas para evitar trincas decorrentes, principalmente, da penetração de água.

- Dá para adquirir a prensa e fazer os tijolos no próprio canteiro de obras. Mas a opção exige análise
prévia do solo a ser utilizado e costuma valer a pena somente quando se necessita de um grande
volume de tijolos. É o caso da compra do equipamento por prefeituras para a construção de conjuntos habitacionais.

Arquitetura & Construção

Esquenta a busca pelo tijolo ecológico



O Estado de S. Paulo

Em meio à empolgação com o biocombustível de algas e os carros elétricos, algumas empresas novatas esperam usar tecnologias "verdes" para reinventar produtos mais prosaicos, como cimento e tijolos.

A americana CalStar Products Inc. planeja abrir no mês que vem uma fábrica para produzir tijolos de cinza de carvão, um subproduto da geração de eletricidade. Ela alega que seus tijolos usam 85% menos energia do que o tradicional processo de produção de tijolos de barro, com uma redução equivalente nas emissões de dióxido de carbono.

Sediada em Newark, na Califórnia, a empresa é uma de várias que estão correndo para conquistar uma fatia do mercado de construção "verde", que tem previsão de crescer para algo entre US$ 96 bilhões e US$ 140 bilhões em 2013, ante US$ 45 bilhões no ano passado, incluindo materiais, tecnologia e mão-de-obra, segundo a firma de pesquisa McGraw-Hill Construction.

Hoje essas empresas enfrentam um mercado difícil. Os investimentos em construção civil desmoronaram, resultado da queda no valor dos imóveis residenciais e comerciais. Mas "as obras que estão acontecendo têm mais probabilidade de ser verdes", diz Michele Russo, diretora de pesquisa da McGraw-Hill Construction.

Alguns investidores estão seguindo a mesma lógica. Investidores de capital de risco já colocaram US$ 465 milhões no segmento americano de construção verde nos primeiros nove meses de 2009, ante US$ 284 milhões no mesmo período um ano antes, segundo a Cleantech Group, uma firma que acompanha esse mercado.

"Embora o resto da indústria tenha recuado (...), a construção verde cresceu", diz Paul Holland, sócio da firma de capital de risco Foundation Capital, de Menlo Park, na Califórnia, que investiu na CalStar.

Entre outras empresas iniciantes que desenvolvem materiais de construção ecológicos estão a Calera Corp. e a Integrity Block Inc., ambas da Califórnia, que produzem cimento e blocos de concreto, respectivamente. A canadense Icynene Inc., de Mississauga, Ontário, fabrica uma espuma de isolamento térmico feita em parte com óleo de mamona, que substitui o isolamento tradicional à base de fibra de vidro.

"A inovação não é necessariamente descobrir coisas novas, mas descobrir como usar as coisas velhas de uma maneira nova", diz Amitabha Kumar, diretor de pesquisa e desenvolvimento da CalStar.

O processo de produção de tijolos de argila - extrair a argila, formar blocos e cozi-los usando carvão ou gás natural - permaneceu basicamente inalterado por décadas, embora os fabricantes tenham feito aprimoramentos para reduzir o impacto ambiental.

A CalStar produz seus tijolos com a cinza do carvão e uma mistura própria de químicos. Durante oito horas em contato com vapor abaixo de 93 graus Celsius, o cálcio na cinza endurece, criando tijolos que se comportam e se parecem com os de argila, diz Kumar.

Executivos da Associação da Indústria de Tijolos dos EUA alegam que os produtos de cinza da CalStar não são tijolos de acordo com a definição clássica, e questionam se eles duram tanto quando os de argila. "Ninguém sabe qual será o desempenho real da unidade de cinza", diz Dick Jennison, presidente da associação.

A EPA, agência americana de proteção ambiental, afirma que a cinza de carvão não é perigosa e já defendeu que seja reutilizada como material de construção, embora a porta-voz da agência Latisha Petteway tenha dito que a agência estuda realizar neste ano modificações na classificação do material.

Lula inaugura obras do PAC no Rio de Janeiro .


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador Sergio Cabral, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, em visita, nesta terça-feira (18), ao Centro de Referência da Juventude do Governo do Estado do Rio de Janeiro nas comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Lula tem agenda no Rio de Janeiro, onde inaugura obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Nova Iguaçu, e anuncia financiamento do BNDES (Foto: Fábio Motta/AE)

Sobrados no lugar dos barracos


Os barracos de madeira da antiga favela conhecida como “Galpão do Sílvia” foram substituídos por 32 sobrados construídos pela Prefeitura no Jardim Sílvia. No lugar de madeiras velhas e esburacadas, paredes de alvenaria feita com tijolo modular de solo-cimento. No lugar de vielas e esgoto a céu aberto, acessos pavimentados com bloquetes produzidos pela Prefeitura e playground. As moradias foram entregues dia 1º de maio, com rede de esgoto, água encanada e luz elétrica. A segunda fase começará com o desmonte do galpão e início da construção de mais 32 moradias.

A construção do Condomínio Vila Bonfim foi viabilizada a partir de convênio com a Caixa Econômica Federal, que direcionou recursos do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH) ao projeto, além de verbas do Ministério das Cidades e da Prefeitura.

No mesmo padrão do Jardim Sílvia, as 15 moradias do Jardim Vitória estão prontas, apenas aguardando a Eletropaulo fazer a extensão da rede de energia elétrica. Elas serão ocupadas por moradores da Favela do Inferninho/ Jardim Santarém, no Jardim Santa Tereza, que construíram suas casas em cima do córrego que será canalizado pela Prefeitura.

No Valo Verde, o projeto total prevê a construção de 158 habitações. A prefeitura já entregou 28, 16 unidades estão em obras e dois novos canteiros, com cinco e 10 moradias, estão na fase de terraplanagem. A obra está sendo viabilizada com recursos do PSH, no valor de R$ 1,260 milhão, e a Prefeitura conseguiu incluir o restante da obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, no valor de aproximadamente R$ 2,680 milhões, o que acelerará o ritmo da construção e aumentará o número de moradias.

A Prefeitura também já iniciou as obras de 11 moradias no Jardim Santo Eduardo e 13 sobrados na rua das Pombas, no Jardim Vazame. No Jardim Casa Branca está em curso a construção de 140 habitações, pelo Sistema do Crédito Solidário.


13/5/2008